quinta-feira, novembro 01, 2012

“Eu já escutei músicas que eu nunca gostei, só porque me lembravam você. Eu já fui em lugares, só porque tinha um pouco de você ali. Eu já experimentei aquela comida horrível, apenas porque você amava e dizia que um dia eu teria que prová-la. Eu já sai de casa com o cabelo molhado, mesmo você falando que eu iria ficar resfriado. Eu sai na chuva esses dias também, e olha só, eu fiquei mesmo gripado; bem que você tinha me avisado. Eu fui dormir cedo, pra ver se acordaria com alguma sms, ou um telefonema seu. Eu sai por aí tarde da noite também, sem medo de ser assaltado, porque você nunca deixava. Eu viajei sozinho também, querendo te encontrar lá quando eu chegasse, ou que por-conta-do-acaso você aparecesse do nada e sentasse do meu lado no avião; grande bobagem, eu sei. Viu, eu fiz muito por nós, mesmo quando só existia eu.”

sexta-feira, outubro 19, 2012

Na cama, à noite, enquanto penso em meus muitos pecados e em meus defeitos exagerados, fico tão confuso pela quantidade de coisas que tenho que analisar que não sei se rio ou se choro, dependendo do meu humor. Depois durmo com a sensação estranha de que quero ser diferente do que sou, ou de que sou diferente do que quero ser, ou talvez de me comportar diferente do que sou ou do que quero ser. Minha nossa, agora estou confundindo você também.

segunda-feira, setembro 24, 2012

Aprendi que se aprende errando. Que crescer não significa fazer aniversário. Que o silêncio é a melhor resposta quando se ouve uma bobagem. Que trabalhar significa não só ganhar dinheiro. Que amigos a gente conquista mostrando o que somos. Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim. Que a maldade pode se esconder atrás de uma bela face. Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura ela. Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada. Que a natureza é a coisa mais bela na vida. Que amar significa se dar por inteiro. Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos. Que se pode conversar com estrelas. Que se pode confessar com a lua. Que se pode viajar além do infinito. Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde. Que dar carinha também faz… Que sonhar é preciso. Que se deve ser criança a vida toda. Que nosso ser é livre. Que Deus não proíbe nada em nome do amor. Que o julgamento alheio não é importante. Que o que realmente importa é a paz interior. E finalmente, aprendi que não se pode morrer, pra se aprender a viver.
Eu. Tu. Minha cama. Ou, quem sabe, meu sofá. Um cobertor. Pé gelado. Pé quente. Ombro. Cabeça encostada. Meu livro preferido. Teu livro preferido. Ou um filme. Chocolate quente. Ou chá. Ou pipoca. Ou cupcake. Sushi, quem sabe? Sorrisos. Risadas. Suspiros. Pé quente. Pé quente. Mãos. Beijos. Mais beijos. Pelo pescoço. Pelo ombro. Na testa. Abraços. Brincadeiras. Cosquinha. Tapa de brincadeira. “Desculpa, desculpa, desculpa”. “Te amo!”. Conversa séria. Conversa complexa. Conversa inacabável. Pausa. Suspiros. Mãos dadas. Pés. Pernas. Sorrisos. Beijos. Mais beijos. Beijos compridos. Abraço. Cabeça encostada. Peito. Coração batendo. Sono. Cair no sono. Cair no sono, também.
Eu gosto sabe. Gosto de quando me faz raiva, quando me deixa sem graça, quando me tira um sorriso bobo; gosto. Gosto desse seu jeito idiota e carinho de ser; gosto da sua voz e da sua risada; gosto de quando fica em silencio, da pra ouvir tua respiração; só gosto, gosto até demais. Só não gosto do fato de não te ter aqui, somente.

terça-feira, setembro 11, 2012

Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa. Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente. Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade. Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos. Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago….e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco. Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração. Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria. Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que? Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós. Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava…. e é assim que se rouba um coração, fácil não? Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então! E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém… é simples… é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.